Um pouco sobre Astronomia

Já sabemos que o pequeno Sol é uma estrela de 5ª grandeza. Aprendemos isso na escola, mas há algo que não sabemos. É que a estrela Antares ali mesmo, há 600 anos luz da Terra, na constelação de Escorpião, tem uma luminosidade 10.000 a 14.000 vezes maior que o Sol, e o diâmetro 230 a 700 vezes maior (segundo diferentes autores). A estrela Betelgeuse da mesma constelação é maior ainda! 60.000 vezes mais brilhante e 1.000 vezes maior que o Sol. A estrela VVCephei da const. Cefeu é 1.200 vezes maior que o Sol e a Al Anz da constelação Cocheiro é 2.700 vezes maior que o Sol. Barbaridade! Eu não disse que o Sol é pequeno?!


Para se ter uma idéia de grandeza, a estrela Antares tem o diâmetro da órbita de Marte. Entao me parece que classificar o Sol como 5ª grandeza em magnitude é muita generosidade. Talvez para os nossos estudantes não o desvalorizarem tanto. Para termos uma noção mais precisa das distâncias e dimensões do nosso Sistema Solar, confira:

O Sol tem um diâmetro de 1.390.000 Km. Uma bolinha de gude tem aproximadamente 1,4 centímetros de diâmetro. Se o Sol tivesse o tamanho dessa bolinha de gude, na mesma proporção, a Terra teria o tamanho da ponta de uma agulha e estaria a 1,5m (um metro e meio) de distância. O maior planeta, Júpiter teria 1,4 milímetros de diâmetro e estaria a quase 8 metros de distância. Plutão, quase 6 vezes menor que a Terra, estaria a 59 metros, e o recém descoberto planeta vermelho Sedna, do tamanho de uma bactéria, a 130 metros de distância.

O Universo não está em harmonia como parece. Nem é perfeito como dizem. No Universo tudo explode. O que não faltam são explosões fantásticas, cataclismos aos bilhões. Trilhões de sóis (sem exagero) se chocando num inferno de confusões a cada minuto, em cada ponto do céu. Galáxias entrando umas por dentro das outras, galáxias se autodestruindo, causando um fogaréu inimaginável!... Gases fervilhantes! Ácidos inflamados: metano!... sulfúrico!... hidrogênio!... carbono!... nítrico! Nitroglicerina pura!... Explosões atômicas! Destruição em massa de tudo o que possa existir ou conseguiu se formar antes dela! É disso que é feito o Universo. Explosões! Catástrofes cósmicas! Não é perfeito como acham. Pelo contrário, é ocasional, é desordenado, é anárquico, caótico, apocalíptico!...

Como isso se dá a uma distância considerável de nós, vemos esses desastres cósmicos como fogos de artifício, lindos e coloridos, como se estivéssemos numa festa, vendo uma queima de fogos programada lá lonnnnnnge! Mas acho que não queremos estar mais próximos deles.
E a nossa hora também chegará.

Estrelas explodem por inteiro, formando uma luz fortíssima, apreciada cá da Terra. E como explodem! São as chamadas Novas ou Super Novas.

Geralmente, após a explosão, ao seu redor deixam halos de nebulosas coloridas, nuvens de partículas, gases e fragmentos, variando conforme a sua composição físico-química. Muitas dessas fotos, tiradas pelo supertelescópio Hubble e outros observatórios, são verdadeiros papéis de Parede. São as chamadas Nebulosas Planetárias, em grande quantidade e formas variadas. Vejam algumas, que eu selecionei:


A Morte de uma Estrela
As estrelas surgem de imensas nuvens compostas de pequenas partículas de matéria – comumente chamadas simplesmente de poeira – e de gás hidrogênio, que existe em abundância no Universo. Muitas vezes essas nebulosas permanecem em equilíbrio, tranqüilas como as nuvens em nosso céu. Mas é preciso pouco para lhes tirar deste estado, fazendo com que a própria atração gravitacional produza uma contração incessante em certos pontos, ou nódulos da nuvem de gás e poeira.

A nebulosa também começa a girar e à medida que aumentam a temperatura e a pressão em seu interior forma-se um ou mais corpos, tão quentes e massivos, que em dado momento passam a acontecer reações termonucleres em seu interior, produzindo muita luz e energia. Assim nasce uma estrela.

Surge um Buraco Negro
Depois de permanecer um longo tempo brilhando e convertendo o seu hidrogênio em hélio, as estrelas entram em colapso. É aí que seus destinos dependem de quão grandes elas são. As muito massivas, como já vimos, explodem. No lugar das supernovas o núcleo original da estrela, que serviu de “apoio” para a explosão, se contraí. Às vezes surge em seu lugar uma pequena estrela que gira como um farol: é o pulsar.

Outras vezes o núcleo não pára mais de se contrair e nasce um buraco negro. Mesmo sendo invisível, sua presença é palpável. A matéria adicionada em um disco ao redor de um buraco negro emite raios X – e foi assim que sua existência foi confirmada. Uma fonte denominada Cygnus X-1, na constelação de Cisne, foi provavelmente o primeiro buraco negro descoberto pelos astrônomos, em 1971.
Hoje, há fortes suspeitas que o centro da Via Láctea, a galáxia onde vivemos, abrigue mais de um deles.
O nosso tempo é diferente do tempo do Universo. Tudo se move, tudo gira. O Sol em 200.000.000 de anos dá uma volta completa ao redor do centro da Galáxia que por sua vez caminha em velocidade próxima a da luz afastando-se de um centro comum, onde, segundo algumas teorias bastante lógicas, se deu o Big Bang, a explosão maior.

Mas o que é uma galáxia?
Galáxia é um aglomerado de estrelas de tamanho descomunal. Bilhões de estrelas concentradas dispostas em diversos formatos. As formas mais comuns desses aglomerados de estrelas são as galáxias em espiral, em forma de um prato, com grande diversidade de tipos de espiral (que giram) e as elípticas, mais arredondadas ou alongadas, de movimento mais estável.
É ainda imensa a quantidade de galáxias sem forma definida, geralmente em formação, ou resultante de choques ou influência de outras galáxias próximas. Se uma galáxia tem uma imensa quantidade de estrelas espalhadas, parecendo estáticas, são chamadas de Clusters ou apenas um aglomerado de milhões de estrelas.

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