O centro da Galáxia fica na direção da constelação de Sagitário, numa região com alta concentração de material interestelar que impede sua visualização a olho nu ou usando detectores óticos.A melhor maneira de estudar o bojo central é usando comprimentos de onda mais longos, como infravermelho e radio, que atravessam mais livremente a poeira e o gás do disco.
Observações em rádio indicam que no centro da Galáxia existe um um anel molecular de 3 kpc de diâmetro, envolvendo uma fonte brilhante de rádio, Sagitário A, que marca o centro.
Estudos no infravermelho indicam a existência de um grande aglomerado estelar, com uma densidade de estrelas de 106 MSol/pc3, um milhão de vêzes mais densa do que nas proximidades do Sol. O movimento do gás e das estrelas no núcleo indica que ali existe um objeto compacto, provavelmente um buraco negro com massa de 3,6 milhões de massas solares.
Observações desde 2001 em raio-X confirmam que o núcleo da Galáxia é um lugar violento, com flares diários, onde além do buraco negro central supermassivo, existe grande quantidade de gás ionizado, e centenas de anãs brancas, estrelas de nêutrons e buracos negros. O buraco negro possivelmente está dentro de uma bolha, criada por uma explosão de uma supernova próxima a ele cerca de 10 a 50 mil anos atrás, detectada por Frederick K. Baganoff et al. (2003, Astrophysical Journal, 591, 891) como dois lobos de gás quente na posição de 2h e 7h na imagem à direita [Robert Irion (2003, Science, 300, 1356)].
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