Nasa cria mapa da matéria escura no universo


Usando o telescópio Espacial Hubble, e se aproveitando de um curioso fenômeno de “lentes de aumento” espaciais, astrônomos criaram os mais precisos e detalhados mapas da Matéria Escura no Universo.
Essas novas observações podem fornecer dados importantes sobre a formação dos aglomerados galácticos no início do universo – e indicam que eles podem ter surgido antes do que o esperado. Ou, segundo os astrônomos, antes que a energia escura tivesse impedido seu crescimento.
Ninguém sabe ao certo o que é a matéria ou energia escura. A matéria escura explica coisas que não podemos ver, mas sabemos que estão lá. As galáxias em espiral, por exemplo, geram tanta força centrípeta que seriam arrebentadas não fosse a gravidade existente nelas. No entanto, elas não possuem matéria visível o suficiente para produzir a gravidade necessária – levando à conclusão de que há algo invisível, sem luz, mas com massa.
Esse tipo de partícula constitui mais de 20% de todo o universo – o que pode parecer pouco, mas pense que a matéria visível (aquilo de que somos feitos, elétrons, prótons, nêutrons) representa apenas 4% de tudo o que existe no cosmos. O restante, cerca de 76%, é algo ainda mais complicado, conhecido como energia escura.
Sabe-se que a energia escura está em constante briga contra a “puxada” gravitacional da matéria escura. A energia escura empurra as galáxias para longe umas das outras, esticando o espaço entre elas. Esse movimento impede, portanto, que hoje se formem grandes aglomerados galácticos – os chamados clusters galácticos. As estruturas que existem hoje teriam se formado há muito tempo – antes que a energia escura tivesse impedido seu crescimento.

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