A lua Europa, de Júpiter

Europa é uma lua de Júpiter de aspecto estranho com um grande número de formações que se entrecruzam. É diferente de Calisto e de Ganímedes com as suas crustas cheias de crateras. Europa quase não tem crateras tal como quase não tem relevo vertical. Conforme disse um cientista, as formações "poderiam ter sido pintadas com um marcador de feltro". Existe a possibilidade de Europa ser internamente activa devido ao calor gravital a um nível de um décimo ou menos do que o de Io. Modelos do interior de Europa mostram que abaixo de uma crusta fina com apenas 5 km (3 milhas) de água gelada, Europa parece ter oceanos com até 50 km (30 milhas) de profundidade ou mais. As marcas visíveis de Europa podem ser o resultado da expansão global em que a crusta seria fracturada, preenchida com água e congelada.
Europa
Esta é uma das imagens de mais alta resolução de Europa obtidas pela Voyager 2. Mostra a suavidade da maior parte da superfície e a quase ausência de crateras de impacto. Foram encontradas apenas três crateras com mais de 5 km de diâmetro.

O Interior de Europa
Esta vista em corte mostra a estrutura interna possível de Europa. Foi criada a partir de um mosaico de imagens obtidas em 1979 pela nave espacial Voyager da NASA. As características interiores são deduzidas pelas medidas do campo gravitacional e do campo magnético obtidas pela Galileo. O raio de Europa mede 1565 km, não muito mais pequeno do que o raio da nossa Lua. Europa tem um núcleo metálico (ferro e níquel - mostrado em cinzento) desenhado na dimensão relativa correcta. O núcleo é rodeado por um escudo rochoso (mostrado em castanho). A camada rochosa de Europa (desenhada na escala relativa correcta) é por sua vez rodeada de um escudo de água em forma líquida ou gelada (mostrada em azul e branco e desenhada na escala relativa correcta). A camada superficial de Europa está mostrada em branco para indicar que pode diferir das camadas subjacentes. As imagens de Europa obtidas pela Galileo sugerem que um oceano de água líquida pode estar por baixo de uma camada superficial de gelo com uma espessura de quase dez quilómetros. No entanto, esta evidência tamb�m é consistente com a existência de um oceano de água líquida no passado. Não é certo que exista um oceano de água líquida no presente.

Europa - Passado e Futuro

Esta fotografia artística representa Europa durante o início da criação do Sistema Solar. Nesta altura, os oceanos agraciavam a superfície de Europa. Por a água líquida ter existido no passado, poderá a vida ter-se formado e existir ainda hoje? Os ingredientes primários para a vida são a água, o calor e componentes orgânicos obtidos de cometas e meteoritos. Europa tinha todos esses ingredientes. Das imagens e informações recolhidas pela sonda Galileo, os cientistas acreditam que existiu um oceano abaixo da superfície na história relativamente recente e pode ainda estar presente abaixo da superfície gelada. A água de Europa pode ter congelado há muito tempo, mas pode ocorrer um aquecimento devido à atracção gravitacional entre Júpiter e as luas vizinhas. Esta fotografia artística pode também representar Europa daqui a 7 biliões de anos, depois do Sol se transformar numa gigante vermelha. O calor do Sol envelhecido será suficiente para derreter o gelo e novamente produzir um oceano.


Europa a Distância
Esta vista de Europa foi obtida pela Voyager 2 e mostra uma superfície brilhante e de pouco contraste com uma teia de linhas que cruzam uma grande parte da sua superfície.






Vistas da Europa em Cor Natural e Falsa
Esta imagem mostra duas vistas do hemisfério de trás (oposto ao da frente, no sentido da translação do satélite em volta de Júpiter) da Europa. A imagem da esquerda mostra a cor aproximadamente natural da Europa. A imagem da direita é uma composição em cor falsa combinando as imagens em violeta, verde e infravermelho para salientar as diferenças das cores na crusta da Europa predominantemente de água gelada. As áreas em castanho escuro representam materiais rochosos procedente do interior, implantado pelo impacto, ou de uma combinação de fontes procedências interiores e exteriores. Planícies brilhantes nas áreas polares (acima e abaixo) são mostradas em tons de azul para distinguir possível gelo em grãos grossos (azul escuro) de gelo em grãos finos (azul claro). Linhas escuras e longas são fracturas na crusta, algumas com mais de 3,000 quilómetros (1,850 milhas) de comprimento. A formação brilhante com uma mancha central escura no terço inferior da imagem é uma cratera de impacto jovem com cerca de 50 quilómetros (31 milhas) de diâmetro. Esta cratera foi provisoriamente denominada de 'Pwyll', segundo o deus céltico do submundo.

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