As imagens mais nítidas de Mercúrio obtidas
até hoje mostram que o resfriamento de seu
núcleo o faz "enrugar" e diminuir de tamanho
até hoje mostram que o resfriamento de seu
núcleo o faz "enrugar" e diminuir de tamanho
Visto em detalhesO planeta em alta resolução: os pontos brilhantes são crateras recentes formadas pela colisão de asteróides
Desde que os cientistas desqualificaram Plutão como planeta, Mercúrio ganhou o título de nanico do sistema solar. Pois ele está ficando ainda menor. A constatação foi feita com base nas 1 200 fotos enviadas na semana passada pela sonda americana Messenger, a maioria delas de uma região do astro que até então não havia sido observada. Na década de 70, ao analisarem as imagens da Mariner 10, a primeira sonda a fotografar Mercúrio, os cientistas concluíram que através das eras o raio do planeta encolhera pouco mais de 1 quilômetro. As novas informações da Messenger mostram que o encolhimento foi o dobro – e que ele vai continuar. A evidência do fenômeno está nas cadeias de montanhas escarpadas que se espalham de maneira uniforme pela superfície de Mercúrio. Elas são resultado do resfriamento do núcleo do planeta. Ao esfriar, o núcleo se retrai, puxando a superfície e tornando-a enrugada – da mesma forma que a pele dos dedos quando fica muito tempo exposta à água. Disse a VEJA o físico americano Ralph McNutt, um dos pesquisadores que trabalham com a sonda Messenger: "O processo de esfriamento do núcleo faz parte do ciclo de vida dos planetas e, em Mercúrio, as conseqüências disso são particularmente evidentes. Ele está diminuindo".

0 comentários